O código de barras tornou-se um elemento indispensável para qualquer empresa que comercializa produtos físicos. Ele garante agilidade nos processos de venda, organização de estoque e rastreamento logístico.
São vários os empreendedores que ainda tem dúvidas sobre como criar um código de barras de forma correta e adequada às normas vigentes.
Este artigo apresenta, de maneira clara e prática, tudo o que você precisa saber para gerar o seu.
O que é um código de barras e qual sua importância
O código de barras é uma representação gráfica de números e letras que podem ser lidos por equipamentos específicos. Sua principal função é facilitar a identificação automática de produtos, eliminando erros comuns de digitação e simplificando alguns processos rotineiros.
No varejo, ele é essencial para que o produto seja reconhecido no sistema da loja. Para o setor logístico, torna possível rastrear a movimentação de mercadorias em tempo real. Já para a gestão interna, é um aliado estratégico que simplifica inventários e evita divergências de estoque.
- Leitura complementar: Como Fazer Um Bom Controle de Estoque
Empresas que desejam crescer ou atuar em marketplaces precisam dessa padronização. Plataformas como a Amazon, Mercado Livre e grandes redes varejistas exigem códigos válidos e registrados. Sem isso, muitos canais simplesmente não aceitam seu produto.
Tipos de códigos de barras mais utilizados
Existem vários padrões de códigos de barras, e a escolha depende do mercado em que você atua. Os mais conhecidos são:
EAN-13: É o código mais utilizado no varejo brasileiro e internacional. Contém 13 dígitos e é aceito em praticamente todas as lojas físicas e digitais.
UPC-A: Usado principalmente nos Estados Unidos. É semelhante ao EAN-12, mas com 12 dígitos.
EAN-8: Uma versão reduzida do EAN-13, indicado para produtos muito pequenos, onde o espeço para impressão é limitado.
Code 128: Muito usado em processos internos de empresas, logísitica e armazenagem. Permite codificar números, letras e caracteres especiais.
QR Code: Embora não seja um código de barras tradicional, o QR Code vem ganhando espaço por comportar grandes volumes de informações e permitir acesso a links, aplicativos e páginas da web.
Entender qual padrão você deve utilizar evita retrabalho e reduz custos, especialmente quando o produto será vendido em diferentes canais.
Como funciona a estrutura de um código de barras
Não é apenas uma sequência aleatório, ele segue um padrão, principalmente quando falamos do EAN-13. Suas partes são:
1° Código do país: No Brasil, geralmente, começa com 789 ou 790.
2° Código do produto: Definido pelo próprio fabricante, mas seguindo regras de numeração.
3° Dígito verificador: É um número calculado automaticamente para garantir que o código seja válido.
Essa composição garante unicidade e evita que outro produto utilize a mesma identificação.
O que é a GS1 e por que você precisa dela
A GS1 é a organização responsável por padronizar códigos de barras no mundo. No Brasil, a GS1 Brasil é quem emite os prefixos oficiais utilizados pelos fabricantes.
Registrar-se na GS1 não é apenas uma formalidade, é uma exigência para produtos que serão comercializados em ambientes profissionais. Ao obter seu prefixo, você assegura que seus códigos são únicos, válidos e reconhecidos em qualquer sistema de leitura.
Empresas que tentam pular essa etapa e criam códigos improvisados podem ter problemas como devoluções, rejeição por marketplaces ou incompatibilidade nos pontos de venda.
Passo a passo para criar um código de barras
Pode parecer muito complexo criar um código de barras, mas, na prática, o processo é simples quando há clareza nas etapas.
Cadastre-se na GS1 Brasil: Primeiro você precisa se associar, lembrando que a GS1 cobra uma taxa de adesão e uma anuidade, sendo que o valor varia conforme o porte da empresa.
Receba seu prefixo de fabricante: Após a aprovação do seu cadastro, você receberá os números iniciais que identificarão sua empresa.
Defina os códigos dos seus produtos: Cada item do seu catálogo deve possuir um número único. Esse controle é interno e pode ser feito manualmente ou com o apoio de sistemas de gestão.
Gere códigos verificadores: Eles são calculados automaticamente por ferramentas certificadas, garantindo a validade do código.
Gere a imagem do código de barras: Após definir a numeração, você precisa transformá-la em imagem gráfica.
Como imprimir e aplicar o código de barras corretamente
Ter o número oficial é apenas metade do trabalho. A forma como o código é impresso também interfere na leitura e no desempenho nas operações.
Para garantir que ele funcione corretamente, opte por etiquetas resistentes ao ambiente de armazenamento, mantenha o tamanho mínimo recomendado pelo padrão utilizado, evitando distorções cortes ou baixa resolução, além de posicionar o código em uma área plana do produto ou da embalagem.
Erros na impressão podem tornar o código ilegível, causando atrasos no checkout, devoluções ou falhas no inventário.
Como testar se o seu código de barras está funcionando
Antes de colocar um produto no mercado, é essencial testar seu código de barras. Isso pode ser feito de várias maneiras:
- Utilizando leitores físicos comuns do PDV.
- Usando aplicativos de smartphone para leitura de códigos.
- Verificando se o número digitado no sistema corresponde exatamente ao produto.
Posso criar códigos de barras sem GS1?
Essa é uma dúvida comum entre microempreendedores ou quem está começando. A resposta depende do propósito.
Se você pretende vender apenas em ambientes internos, como controle próprio de estoque, é possível criar códigos não oficiais, como Code 128, sem registro GS1. Eles funcionam bem para uso interno.
Mas se o objetivo é vender em marketplaces, supermercados, atacarejos ou qualquer ponto de venda profissional, o registro junto à GS1 é indispensável.
Portanto, a regra geral é simples:
- Vendas profissionais exigem códigos oficiais.
- Organização interna pode utilizar códigos livres.
Como escolher o melhor sistema para gerenciar seus códigos de barras
Criar um código é apenas o começo. A gestão contínua deles é o que realmente mantém o negócio organizado.
Ao escolher um sistema, avalie se ele permite cadastrar produtos com diferentes padrões de código, gera relatórios claros para inventário e movimentação, se mantém o histórico de todos os códigos criados, se facilita a impressão e reutilização do mesmo código sem erros e se integra a emissão de notas fiscais com as informações do item.
Plataformas como a Notazz se destacam justamente pela integração entre emissão fiscal, cadastro de produtos e automação de processos. Isso reduz falhas, economiza tempo e mantém a operação padronizada.
Erros comuns ao criar códigos de barras
Muitos empreendedores enfrentam problemas porque cometem equívocos simples. Entre os mais frequentes estão:
- Alterar um código já utilizado em um produto.
- Criar números sem lógica e depois perder o controle.
- Utilizar geradores gratuitos sem verificar padrão.
- Imprimir códigos em tamanho muito reduzido.
- Posicionar a etiqueta sobre superfícies curvas ou dobradas.
Evitar esses erros garante que o produto seja aceito no varejo e facilita muito a operação diária.
Considerações finais
Criar um código de barras para seu produto é um passo fundamental para profissionalizar seu negócio. Apesar de parecer um processo técnico, ele se torna simples quando você entende os padrões, segue as normas da GS1 e utiliza as ferramentas adequadas.
Além disso, manter um sistema organizado para gerenciar seus códigos, cadastro e documentos fiscais fortalece toda a estrutura da empresa e prepara o caminho para atuar em novos mercados.
Se você está começando a estruturar seus produtos ou deseja profissionalizar sua operação, o momento ideal para implementar códigos de barras é agora.
Perguntas frequentes (FAQ)
O que é um código de barras?
É uma representação gráfica de números e letras que permite identificar produtos automaticamente.
Posso vender em marketplace sem código de barras?
Só em categorias específicas, como artesanato ou itens únicos; produtos novos exigem EAN oficial.
O que devo considerar ao imprimir um código de barras?
Tamanho adequado, boa resolução e aplicação em superfície plana.
Ficou com mais alguma dúvida? Deixe aqui nos comentários que respondemos para você.
